Ômicron: mutações suspeitas
Durante a pandemia da Covid 19 muitos valores estabelecidos pela humanidade ao longo de séculos foram afetados. A sensação foi de uma guerra sem bombas, tanques e tiros, mas que provocou sentidas mortes e dolorosas sequelas nas pessoas infectadas. Decorrentes da pandemia causada pelo vírus SARS-Cov-2 ocorreram violações que atingiram as liberdades de escolhas e de comportamentos para milhões de pessoas.
Uma questão, no entanto, incomoda. Trata-se da velocidade dos eventos biológicos que se relacionam com esta pandemia, principalmente aqueles advindos de mutações e transmutações do referido vírus. As causas das mutações, embora tenham sido explicadas superficialmente por profissionais de virologia, se fundamentam em argumentos que parecem estar em desacordo com os princípios biológicos que determinam a evolução das espécies, inclusive a dos vírus. É assombroso o número de vírus mutantes que apareceram em menos de dois anos de pandemia; o mais recente, o vírus ômicron surgiu com mais de 50 mutações! E aí eu faço as seguintes perguntas:
- Seria possível terem ocorrido 50 mutações de “forma natural” num vírus, no espaço temporal de dois anos?
- Quais seriam as causas destas mutações: naturais ou artificiais?
- Teriam sido induzidas por causas espontâneas, adaptativas ou epigenéticas ?
Penso que a genética e a ciência da evolução ainda carece de bases para explicar como meia centena de mutações surgiram num só vírus no reduzido espaço de dois anos desde a detecção do SARS-Cov-2.
Como se sabe, o início da pandemia da Covid-19 foi marcado por um cerceamento político epidemiológico em todo o mundo com o objetivo de evitar que a doença se alastrasse a partir dos primeiros que infectaram algumas pessoas na cidade de Wuhan, China, no final de 2019. Cada país tentou à sua maneira evitar que o vírus passasse por suas alfândegas, mas desconheço que algum deles tenha proposto discussões com segmentos representativos da sociedade para decidirem de forma adequada o combate à pandemia que se aproximava rapidamente. No Brasil, especificamente, o que se viu, foram composições de pequenos grupos formados por políticos e profissionais da saúde – muitos dos quais selecionados por suas tendências políticas - que propuseram decisões ambíguas e que se comportavam como nuvens que se desfazem tão logo sejam formadas. E dessa forma, pessoas de todo mundo, incluindo os brasileiros, foram tratados
como rebanhos humanos pertencentes a prefeitos e governadores, ou representantes que se assemelham em outros países.
Sabemos que muitos centros de pesquisas estão empenhados em descobrirem as particularidades biológicas das diversas cepas de coronavírus mutantes que apareceram a partir do SARS-CoV-2. Sabemos também dos gigantescos interesses econômicos por trás das produções de testes para diagnósticos desta infecção e para a produção de vacinas para combate-las.
Por isso, exercito a minha liberdade de expressão para questionar:
-Como pôde surgir de forma natural o vírus ômicrons com 50 mutações genéticas a partir do SARS-CoV-2 num período de dois anos?
Aceitamos que ocorram mutações em vírus num espaço de um ano ou mais, mas... 50 mutações num espaço de dois anos nos leva a supor que tenha ocorrido manipulações laboratoriais desastrosas que escaparam do controle. Por fim, a pergunta derradeira:
- Um vírus com 50 mutações em relação ao SARSCoV- 2 seria de fato um novo mutante ou uma outra nova espécie de coronavirus?
Fonte: https://www.labornews.com.br/12_Coluna_Dr_Paulo_-_%C3%B4micron%3A_muta%C3%A7%C3%B5es_suspeitas.php
Prof. Dr. Paulo Cesar Naoum
Professor Titular pela UNESP
Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia, Acadêmico da ARLC
a.c.t@terra.com.br